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G1 |
Indo ao restaurante que sempre vou com minha família, no domingo retrasado, deparei-me com algo, digamos, engraçado. Um ônibus havia caído numa ribanceira, deixando alguns passageiros feridos e catorze mortos. Era o que informava a repórter. Claro, engraçada não era a notícia. Era a repórter.
Sendo a Rede Globo, eu não esperava tal comportamento dela. Pode ser cisma de minha parte. Porém, sua expressão corporal era digna de Marcelo Rezende. Um simples gesto com a mão, seguido das palavras (não exatamente essas) "Você acompanha na íntegra todas as informações na programação da Rede Globo", e seu olhar de desespero, mostrava um pequeno despreparo. A Globo é sutil em seus sensacionalismos. Não age como outras emissoras, com programas extremamente dramáticos, principalmente na hora do almoço.
Jamais puxarei sardinha para a Rede Globo, mas isso é realmente algo que não lembro de ter visto. São sutis em tudo. Até em sua forma de nos hipnotizar diante de tal tragédia. Imaginando a Sandra ou mesmo a Michele - repórter famosa em minha região - dando a notícia, no máximo elas fariam um semblante sério - e triste, no caso da Sandra - e dariam as informações.
Eu não sei quem é a repórter daquele dia, porém, se eu quisesse ver morte sensacionalista, iria diretamente para a Record.
Não sou mestre em linguagem corporal, mas não encontrei nela o mínimo de simpatia. Apenas mãos estendidas, procurando entreter e chamar a atenção para tão triste acidente. Sem sentimentos. Somente informação barata.
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