quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Saindo do preconceito



Às vezes nos tornamos prisioneiros de situações bobas. Outras situações são sérias e nos tornamos mais que prisioneiros. Mas amantes do próprio carrasco. Sabemos que tem algo errado, mas e daí?! Estou confortável nesta situação. Se eu sair daqui, o mundo lá fora é perigoso e preconceituoso. Ironia do destino. Os preconceituosos somos nós. O mundo lá fora abriga os melhores e piores seres. Temos como escolher, se nossa mente - e às vezes, corpo - sair do comodismo predador.

Por anos deixei de escutar músicas diferentes de MPB, celta e instrumental. Tinha pavor do que chamavam de sertanejo universitário. Hoje vejo que nem todos são ruins. Há belas poesias e sentimentos neste estilo musical que um dia eu jurei que não iria gostar nunca.

Por anos deixei de ler livros que estavam "na modinha", livros de autoajuda, livros de suspense. Por quê? Porque se todos leem, eu devo ter o pensamento diferente; autoajuda vem de de mim, por isso é "auto"; suspense traz coisas ruins pro meu espírito. Nada... Se todos leem, não preciso ter o pensamento igual, mas posso ler também para interagir socialmente, para saber o que tem naquele livro. Autoajuda nem sempre é ruim. Se não sei me ajudar, devo dar espaço para outras opiniões e métodos. Suspense é bom sim! Dá aquele arrepio infantil, como se voltássemos a ler Pedro Bandeira e suas aventuras com Os Karas. Em minha profissão é essencial conhecer todo tipo de leitura. Isso eu deveria ter aprendido há muito tempo. Mas às vezes acontece isso de desperdiçá-lo, né?!

Por anos eu tive pavor de televisão. Odiava sua programação e para mim - que vergonha! - todos que se rendiam ao entretenimento não pensavam lá muito bem. Perdi tantos programas, tantas minisséries belíssimas, tanta informação, tanta beleza!

Por anos, julguei séries televisivas. Era coisa de americanizado, bitolado. Hoje não vivo sem as infinitas doses de ironia de Leonard, Sheldon, Penny e companhia.

Por isso, um conselho: largue seus preconceitos. Eles servem para afastar você do bobo, do diferente. E muitas vezes, o bobo e o diferente é o que farão de sua vida mais leve.

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