Texto resumido: Bibliometria na avaliação de periódicos científicos, de Ana Gabriela Clipes Ferreira
A bibliometria surge no início do
século para cobrir a necessidade da avaliação de atividades de produção e
comunicação científica. Ela não é utilizada somente na área da Biblioteconomia
e Ciência da Informação. A autora cita Figueiredo (1977) que diz que a
bibliometria possui duas preocupações desde sua origem: análise da produção
científica e busca de benefícios para as bibliotecas (desenvolvimento de
coleções e gestão de serviços bibliotecários). Araújo (2006) completa que
inicialmente a bibliometria foi utilizada para a medida de livros – quantidade de
palavras existentes nos livros, e pasmem!, espaço ocupado pelos livros nas
bibliotecas – e somente depois começou a voltar-se para outros formatos de produção,
como artigos, e produtividade dos autores.
Sobre os Estudos de citações, a
autora é muito feliz ao citar a pequena declaração de Meadows (1999), que
resume, a meu ver, o estudo de citações: “Citar é remeter um trabalho a outro”,
e completa com suas palavras “(... ) e assim esses documentos podem se
relacionar”. Muitos trabalhos não têm a visibilidade que outros possuem, às
vezes por causa da influência do autor na vida acadêmica, ou mesmo por seu
trabalho ter sido indexado incorretamente.
As Leis da bibliometria são três:
Lei de Bradford, Lei de Lotka e Lei de Zipf. A Lei de Bradford é também
conhecida como Lei da Dispersão. Ela permite a avaliação e produtividade de uma
área de concentração de uma publicação. Ela é voltada diretamente à produtividade
dos periódicos. As revistas que possuem um maior número de artigos do mesmo
assunto, têm maior relevância na área. A Lei de Lotka, por sua vez, volta-se à
produtividade de autores: isto é, quanto mais se publica, mais parece ser fácil
publicar outro trabalho; quanto mais interessante o resultado do trabalho de um
autor, mais ele será visto na área acadêmica, mais reconhecimento ele terá e
mais recursos serão oferecidos para a melhora de sua pesquisa. Finalizando, a
Lei de Zipf, conhecida como Lei do menor esforço, é responsável pela medição de
frequência de palavras em um texto.
Ferreira apresenta neste artigo os
benefícios e vantagens de periódicos científicos eletrônicos. Armazenamento, download
e facilidade de leitura são alguns deles. Na minha opinião, artigos eletrônicos
são realmente bem mais digeríveis que livros – apesar de ultimamente ter lido
bastante livros em formato e-book. Para quem trabalha em uma biblioteca
universitária, o desespero é constante, quanto ao armazenamento principalmente rs...
Felizmente, a maioria das revistas científicas, atualmente já possuem sua
versão online, o que contenta bastante o estudo dos alunos – e também a verba
da empresa.
Em 1955, Eugene Garfield publicou
um novo modelo de classificação, para a contagem de citações. Ele explicou que
este sistema de classificação, chamado de SCI (Science Citation Index) poderia
ser utilizado para avaliar as coleções com base na frequência de citação.
Resumindo, a bibliometria contribui
grandemente para as avaliações de periódicos científicos, através da análise de
citações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário