quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Resenha - Anjo de quatro patas - Walcyr Carrasco


Estou cheia de amores pelo livro. Chorei litros e mais litros (só não pude chorar mais, pois estava dentro do ônibus rs). É um livro suave, recheado das peripécias de Uno, o cachorro husky siberiano de Walcyr Carrasco.

Walcyr perdeu seu grande amor. Não consegue mais interagir com as pessoas, não consegue mais se recuperar de perda tão grande. Para ajudá-lo seu irmão resolve dar de presente a ele um filhote de husky siberiano. Dizem que cachorros tem mesmo desse negócio "terapêutico". Sentem as coisas. Ajudam-nos a recuperar de várias doenças físicas e emocionais. Walcyr aceitou o presente. Mudou-se para uma casa num condomínio fechado. Área rural, sem ninguém para perturbá-lo. Pensa que assim será mais fácil conviver com sua dor. Mas talvez esteja errado.

Uno é um cachorro bagunceiro. Um cachorro diferente dos outros. Faz de tudo para chamar a atenção do dono. Come patos. Quando é xingado, finge que não é com ele, com um ar filosófico. Como da natureza de um husky, se foge, não consegue mais voltar para casa. Mete o dono em situações complicadas, e muitas vezes bem constrangedoras. Mas é o amor da vida de Walcyr. 


Temperamento do Husky Siberiano (daqui)

Divertido, aventureiro, alerta, independente, inteligente, teimoso, travesso e obstinado. Tudo isso descreve o Husky Siberiano. Essa raça adora correr sempre que pode. Geralmente se dá bem com outros cães da casa. Na verdade, ele é um cão muito social que precisa da companhia de outros cães ou de seres humanos. Ele pode caçar gatos ou gado. Alguns uivam, cavam e roem.


Sua origem é desconhecida, mas ele é obviamente do grupo spitz, que evoluiu por centenas de anos como um cão de trenó para esses povos nômades. Durante a corrida do ouro no Alaska, os cães se tornaram parte vital da vida nas regiões do Ártico, e as corridas de cães eram o entretenimento preferido. (daqui)



"Ergui os olhos. No alto do alambrado, preso no arame farpado, havia um tufo de pêlos. Não vi de noite. Com a agilidade de um gato, Uno tinha escalado a cerca. Talvez para me seguir. Emocionei-me" (p. 81)

"Uno envelhecera muito nos últimos meses, no entanto eu não quisera enxergar. Agachei-me. Abracei-o. Chorei." (p. 158)

"Quem ama os cães sabe do que estou falando. É um sentimento profundo. Adoro agarrar suas patinhas. Abraçá-los. Encostar a orelha em seu focinho. Eu poderia contar mil histórias, mas todas terminariam falando do amor que se tem por um cão." (p. 80)




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